11 junho 2008

Do Purgatório Não Passarás

Queimo todos os meus neurônios com drogas, não suporto a lucidez, não suporto o dia-a-dia, tudo me parece tão irreal, pego uma faca e me corto, me marco, é a marca do desespero, vou até a cozinha, pego um copo, misturo álcool, café e cocaína, coisas normais na casa de alguém perturbado, louco, tão perdido quanto eu. Não suporto a luz do sol, não suporto o teu corpo nú, não suporto a realidade, chupo o meu sangue que escorre pelo meu corpo, mas imagino ser o seu corpo nú, aquele mesmo que me faz tanto mal, por saber que nunca vou tê-lo, mas delicio-me em meus pensamentos, de repente volto desse pensamento, e lembro o merda que sou!, tomo meu café com álcool e cocaína, não se passam 5 minutos e começam as alucinações: todos os meus amigos chegam; coelhos, zumbis, ets e meus ídolos, chamo à mesa e converso com Bob Dylan e Raul Seixas, depois jogo sueca com os zumbis. Começo a beber tequila pura (sem sal, nem limão), resolvo jogar pôquer, subo na mesa, em meio as cartas e copos e fico nú, alguns se excitam, outros olham com olhar de repúdio, começo a rodar caio e bato com a cabeça na mesa, desmaio. Em sonho eu vejo que merda de vida eu levo, cercado de drogas e amigos (imaginários, e alucinações) inúteis, percebo o quão merda eu sou!

Acordo, reflito e vejo em que que eu transformei a minha vida;
rezo à Deus e peço perdão, quando ouço uma voz com enorme presença dizer:

- NÃO SE PREOCUPE, DO PURGATÓRIO NÃO PASSARÁS.

1 argumentos:

Débora C. disse...

to com medo de falar contigo agora
tchau.