03 abril 2009

O meu texto do Radiohead – Apoteose 20/3/2009

Todos estão fazendo textos sobre o show e eu que já falei de Radiohead aqui algumas vezes teria que falar do show também, afinal foi o show mais aguardado da minha vida.


Assim como o texto sobre o show da Dave Matthews Band, eu também pensei várias e várias vezes em o que e como escrever, mas esse texto também será tosco, pois eu acho que não consigo expressar emoções que foram aguardadas por anos e anos e mais anos, em algumas mal-escritas linhas. Decidi que tenho que postar esse texto hoje ou esquecer esta merda de vez.

Sexta-feira, 20 de março de 2009, eu estava inacreditavelmente tranquilo. Por que? Não sei, não tem explicação, eu que já falei aqui sobre a merda da ansiedade algumas vezes, mas especificamente nessa aqui em forma de poesia, onde eu descrevo algumas situações sofridas por um ansioso. Nos dias que antecederam ao show eu estava ansioso (não muito, mas estava), mas no dia eu estava tranquilo (pode ter sido efeito das meditações feitas nos dias anteriores)

Ao contrário de alguns fãs (e talvez eu seja muiiiiiito mais fã do que eles) eu não achei o show perfeito. CARALHO, a minha música preferida (Fake Plastic Trees) que me fez há, sei lá, 10 anos atrás ou mais, começar uma admiração que anos mais tarde se tornaria “amor” não foi tocada. O Thom Yorke pensou: haha, vou sacanear o Law e não tocaremos algumas que ele sonha em ver, e assim eles também não tocaram Talk Show Host, música onde eu fiz um “texto” (Realismo Possessivo) em cima dela (que você pode ler aqui).

Eu cheguei “tarde” e já estava rolando o show do Los Hermanos, banda qual eu gosto PRA CARALHO, porém, o que quase ninguém conseguiu entender, é que apesar d’eu adorar a banda eu estava CAGANDO paro o show deles, eu preferia que não tivesse o show, pois seria menos tempo de espera para o show do Radiohead (mais e daí? Horas de espera seriam o que pra quem esperou mais de 10 anos?). Eu nunca tinha visto um show do Los Hermanos, então acabou, que mesmo eu tendo planejado “ignorar” o show pra poupar energias, eu me “soltei” e cantei e pulei durante o show.

Kraftwerk, caralho, conheço pouco da banda, mas sei da sua IMENSA importância para a música, em especial (mas não somente) para música eletrônica. Eu não acreditava que iria ver o show dos caras que fizeram muitas coisas que são feitas hoje há anos atrás, e não tinham disponível a tecnologia de hoje. Se não fossem eles, muito provavelmente essas porcarias que tocam nas rádios “pop-jovem” e em casas noturnas, assim como a música eletrônica de qualidade (Radiohead usa diversos elementos de música eletrônica, mas não tem (quase) nada haver com as músicas “dos DJs”), e as vertentes como o dub e afins, não existiriam. Mas, não foi o que eu pensava, visualmente o show foi muito bom, com direito a roupas que davam um ótimo visual e robôs que “tocaram” no lugar deles, porém, musicalmente eu me decepcionei, onde eu achei que veria sintetizadores, eu vi LAPTOPS, mas que merda, hein? Pois é, não foi nem 1/3 do que eu esperava, mas teve momentos bons. Quem já viu outro show deles garante que é muito melhor do que o show que eles fizerem, eu estou até baixando um DVD duplo deles para averiguar.

É mais ou menos isso ai, como eu disse, não consigo expressar a emoção, o que eu vi/senti, o sonho realizado, em palavras. Então pra que ficar enrolando?

Só uma coisa que não concordo: todo o estardalhaço que foi feito em outubro de 2007 quando o Radiohead lançou o disco 1 do “In Rainbows” na internet de forma digital pelo preço que você quisesse pagar, inclusive zero libras. Bem antes diversos artistas já tinham colocado suas músicas na internet gratuitamente, a única diferença é que no caso do Radiohead você era obrigado a dar um valor, mesmo que fosse zero libras. Meses depois o GOG fez algo parecido, a diferença é que no caso do GOG você não precisava pagar nada pra baixar, mas, se quisesse fazia uma doação pra ele.

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