16 abril 2009

Um poema qualquer (Castelinho De Areia)

À tarde melancólica a saudade me matava

Lembrar de você não era um bom sinal
Vinho, taça, água, copo e sal
Esse era o cenário no qual eu estava contido
Deprimido, vagando, tentando não apenas não me perder
Mas também me achar

Achar-me dentro da minha profunda solidão
Pego o copo e bebo a água
Inclino a taça e embriago-me com o vinho
Na minha delicada embriagues, eu visualizo você
Em seu manto vermelho, sexy
Que lembrava-me dos meus sonhos mais secretos da adolescência

Vou ate a janela olhar o mar
Morar em um castelo de filmes hollywoodianos tem suas vantagens
Mesmo na melancolia e na tristeza
No frio e no calor
No amor e na dor
Ao abrir a janela se tem um linda paisagem

Mas de que adianta um castelo quando se vive sozinho nele?
Eu era mais feliz na minha infância

E lembro: “construí um castelinho de areia que o mar levou”*
Depois desse dia eu prometi
Pra mim mesmo, ninguém ouviu, mas eu prometi
Prometi que quando fosse “gente grande” eu moraria num castelo
Hoje eu moro sozinho no meu castelo,
E tenho saudade do meu castelinho de areia.

*Frase da música Castelinho De Areia, do Junio Barreto

1 argumentos:

Anônimo disse...

só pra registrar que eu leio este blog. humpft.