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13 janeiro 2012

Aconteceu numa sexta-feira 13


8h PM , intrigado com o som do vento que parecia me enfeitiçar.
A tentativa do banho, só fez piorar.
O vento ainda gritava meu nome, entrava no banheiro e deslizava em minhas costas descendo até a perna.
Talvez o mal seja o sono, mas a cama parecia me sufocar.
Sentia a caricia do lençol diante de meu corpo nu.
O relógio já batia 2 da madrugada, sai em busca de combustível para minha cabeça.
Eu não conseguia dormir, e mal sabia em que pensar.
De banho tomado, com o corpo refrescado fui andar pelas ruas, passei de bar em bar.
Até que parei naquele ali, meio estranho, nome macabro.
Ao entrar pedi uma cerveja de cara, estava tudo muito calmo, simples, ao contrário do que eu poderia ter imaginado.
Eis que avisto uma.....mentira, um par de seios avantajados, que me enfeitiçaram, a cada passo dado pela dona de tal proeminência, era um balançar da minha cabeça pra cima e pra baixo acompanhando o balanço daqueles peitos enfeitiçadores.
Vi logo acima desta proeminência uma nuvem de fumaça, apenas a nuvem, não conseguia ver o seu rosto.
Andei até ela e pedi um cigarro
A resposta foi curta: Não
Me retirei, cabisbaixo
Cinco minutos depois, aqueles peitos vêm até a minha mesa e me entregam um maço de cigarros lacradinho
Fumamos juntos, companhia boa
Mas a noite estava só começando

Ela me convidou à sua casa,
Fui sem pestanejar, dentro de mim, um calor, um tesão que nunca havia sentido, seria a lua? Ou o 13 que fazia dessa sexta-feira tão única?

Entrando no recinto, fico acuado
Caveiras, facas, flechas, espadas e animais empalhados.
Não era o que eu esperava, mas, o que esperar de uma mulher naquele bar tão estranho?
Ela vai ao quarto e pede pra eu esperar na sala. Espero, confesso que bem incomodado pelos objetos que decoravam aquela sala.
Logo depois ela volta, mas para no corredor, de forma que eu só vejo a sua sombra, então ela diz que esta voltando para o quarto e pede para que eu vá até ela.
Entro no quarto e ela esta me esperando:
Nua, seu corpo era lindo, aqueles peitos desnudos eram a visão do paraíso, embaixo não havia penteado, totalmente lisa, e a bunda ai meu Deus, uma das coisas mais perfeitas que já vi.
Confesso que não havia reparado, em volta da cama havia uma roda de velas acesas. Deu um certo medo, arrepiou da nuca até o...

Deitei na cama com muito cuidado ao passar pelas velas,
Foi o meu maior erro,
Olhando pro teto vi desenhos estranhos, assustadores.
Ela “monta” em cima de mim e começamos.
Ela dita o ritmo, começa a cavalgar freneticamente, e pular sobre mim igual uma louca, confesso, gostei muito
De repente um tapa seco na cara, revidei imediatamente, ela riu.
Mordeu forte meu mamilo, gritei de dor
Mudamos de posição, ela de quatro
Ela vira pra mim e pede: “Mais forte”
Aumento o ritmo
Depois ouço: “me bate”. Começo a dar uns tapas
Seu corpo era muito melhor do que eu havia imaginado
Ela se vira e pede o que nenhum homem gosta de ouvir:
“Bate que nem homem, PORRA”
Me irritei,
Algo me tomou, deve ter sido a lua cheia, ou o 13
Comecei a socar sua costela, como nunca havia batido em ninguém, nem em brigas
Pra minha surpresa, ela ria
Me assustei e muito, mal sabia eu o que estava a me esperar
Eis que atingi o orgasmo, inesquecível, experiência única.
Cai ao lado dela, devido à explosão “orgasmática”
E eis que vem a surpresa fatal:
Ela estica o seu braço embaixo da cama e na volta crava um punhal em meu peito.
Morte instantânea
Depois que eu me encontrava morto, ela colocou velas em diversos de meus orifícios

E este é um relato de uma alma triste e penada, contando sobre a pior sexta-feira 13 de sua vida, cuja lembrança, ecoa por toda a eternidade.

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Texto feito em parceria com a amiga Lê sada, porém, devo confessar que a maior parte do mesmo brotou da minha cabeça, já que a Lê sumiu de tarde, deixei o texto parado durante horas, mas, como achei que o mesmo tinha que ser postado hoje, acabei-o agora à noite.

12 setembro 2008

Ontem Eu Não Era Eu

Perdido em delírios eu estive a rodar, sai pela rua, perdido, com frio e as imagens vinham à minha cabeça. Eu não sabia mais o que fazer, decidi correr para Biblioteca Nacional e ler afim de me concentrar, não consegui, os delírios ainda habitavam a minha cabeça, não consegui terminar a primeira frase do livro, o livro que havia escolhido era O Príncipe de Maquiavel, tentei por três vezes ler a frase inicial do livro: “Todos os Estados, todos os governos que tiveram e têm autoridade sobre os homens, foram e são ou repúblicas ou principados” , mas não obtive sucesso.

Pensei, já que é pra se sentir mal, que eu faça direito.
Fui a um bar onde tomei várias cervejas, e conheci um homem que me perguntou gentilmente se eu queria fumar um baseado com ele. Achei que ele ia dar em cima de mim, mas não, para minha sorte ele só queria companhia. Após fumar, sai de lá muito doido e passando por um estranho cinema onde estava começando naquele exato momento “um clássico nacional”: Oh! Rebuceteio, um filme de 84, passando hoje? Não entendi, mas não estava entendo muita coisa naquela noite mesmo.

(Em Maio de 1984 o diretor Cláudio Cunha estreiou o filme OH! REBUCETEIO com atrizes de ponta da então pornochanchada como Eleni Bandettini (Letícia), a obra se tornou um marco do cinema erótico brasileiro, com suas cenas de sexo explicito, mulheres um pouco mais peludas, sem silicones, e sem o uso de preservativos, tomadas de cenas espontâneas, tudo muito natural e cheio de realismo, nascia ai o sucessor do cinema novo e da pornochanchada brasileira. OH! REBUCETEIO foi um dos precursores do sexo nas telas do Brasil, correu mundo com o realismo de suas cenas, conquistando assim um lugar de honra na história do cinema erótico brasileiro.)

Sai de lá com uma estranha sensação que me remetia a calor, frio, excitação e medo, não consegui entender bem o porquê. Passando pela rua a caminho de casa, esbarrei com uma conhecida, que vendo minha expressão com um “estranho semblante”, perguntou:
- foi bom?

Eu sai correndo envergonhado sem responder, cheguei em casa e dormi profundamente.

Acordei hoje cedo com o barulho do caminhão de gás. Não me lembro de nada, a única coisa que sei é que ontem eu não era eu.

11 agosto 2008

Reflexões Sobre Um Tempo Perdido

(Eu nem sei como classificar isso, poesia não é, nos meus * Textos* também não se enquadra, e também não é um simples devaneio)

Eu acho que assim, não sei, talvez deviríamos mudarmo-nos para tentarmos ser pessoas melhores,
Mas você não concordou, achou que esta coisa, de querer ser melhor era besteira,
Disse-me que eras o que era e não estava afim de mudar, e que eu procurasse entender,
Eu entendi e respeitei, me contive em meio a seus atos,
Respeitei suas opções, não critiquei o que achava errado, fiquei calado,
E lhe dei carinho, amor e afago,
Em troca só recebi criticas e brigas,
Você só via o seu lado, a mim, só enxergava quando era de seu agrado, nos demais atos, eu era ignorado,
Eu juro que tentei, em geral as pessoas só fazem o que é de seu agrado,
Mas você sabe que eu não sou assim, que eu faço o possível ao meu alcance para que as coisas saiam da melhor maneira,
Mas, as coisas que esperava de você não aconteciam,
A tal da reciprocidade nunca acontecera em nossas vidas, os papeis em nossa relação sempre foram bem determinados,
Você pedia e eu atendia,
Eu iludido esperava e apenas me desgastava,
Você dizia que já era assim quando eu te conheci,
Eu disse que não, quando lhe conheci, você sem saber me encantou,
Emanava de você o amor e a paz,
Hoje, só vejo rancor,
Cansei,
Não quero mais saber de nossa relação,
Que só me desgastou e nada de bom ficou, na memória, apenas o tempo perdido e os sonhos esquecidos,
Sozinho agora eu vou tentar viver.

07 agosto 2008

O Menino Que Mentia Pra Sonhar

Contarei a estória de um menino muito triste, sem amigos, muito...sozinho, que cresceu muito amargurado, triste por não ter uma história bonita pra contar.

Vindo de uma família de grandes posses, o menino sempre teve tudo que quis, tudo que pedia a seus pais era atendido, além de bens materiais, sempre teve também muito amor e carinho, até o dia em que completou seus 13 anos.

Aos 13 anos ele finalmente notou o quão sozinho ele era, não tinha amigos para brincar nem conversar, como companhia havia apenas seus pais, seus brinquedos, sua imaginação e seus livros. Mas tudo mudou quando ele leu um livro em que contava a estória de uma menina que com uma imaginação muito fértil que sonhava acordada e viva em um mundo mágico através das mentiras.

O menino gostou da estória e resolveu fazer o mesmo. Sua primeira providencia foi pedir a seu pai que construísse uma grande e bela casa na arvore. Seu pai ordenou a tarefa a algum de seus empregados e assim foi feito, com a casa pronta ele levou seus livros e alguns cadernos e canetas para poder escrever suas estórias e sonhar, passava grande parte de seu dia na casa da arvore, só descia quando seus pais lhe chamavam ou quando tinha de ir para escola, antes de partir re-lia suas estórias. Passou a ser muito feliz, vivia tão profundamente suas próprias estórias que passou a acreditar que aquilo tudo era verdade, seus colegas do colégio no inicio ficaram desconfiados, mas nunca descobriram nada.

Ele viveu 8 anos da mais profunda felicidade, chegou a esquecer como era se sentir sozinho. Seus livros foram mudando ao longo dos anos, passou a ler estórias mais maduras que condiziam com sua atual idade, se tornou um rapaz muito inteligente e culto. Em seu ambiente de estudo, que agora era uma universidade, ele era muito admirado por sua sabedoria e desenvoltura em diversos assuntos, até mesmo os mais específicos e complicados. Muitos tentavam e gostariam de se aproximar e tornar-se amigos dele, porém ele sempre dizia que já tinha muitos amigos e que estava ali só para os estudos, preferia ser um anti-social em seu ambiente de trabalho. E assim foi por todo o período de seu curso.

Aos 21 anos, ele percebeu o quanto ele era sozinho e levava uma vida de mentiras, que esses 8 anos de pura felicidade foram totalmente falsos, e isso o trouxe de volta uma profunda sensação de solidão. Então ele decidiu que nunca mais ia mentir e se sentir assim.

Num dia de sol, ele acordou, abriu a janela de sua casa na arvore,
Olhou,
Pensou,
Decidiu parar de mentir,
Respirou fundo,
Pulou e se matou,
Acabando assim com sua vida de mentiras. E enquanto respirou torceu para que morrer fosse mais fácil do que viver.

24 julho 2008

O Homem Que Vendeu Sua Alma

Cansado e decepcionado com os obstáculos da vida. Ele decidiu fazer seu melhor (assim ele achava) negocio: Vender sua alma.
Para alguns a vida é muito difícil, certo dia ele ouviu. A alguns, Deus reserva a sorte, já outros o azar.
Ele se enquadrava na segunda opção, e (pelo menos achava que) entendia muito bem do assunto: azar, ou desgraça mesmo, como ele costumava se referir.
Foram anos e anos de sofrimento, depressão, desilusão, e afins, até que um dia sua sorte (pelo menos assim ele achava) finalmente chegou.
Voltando embriagado de madrugada por uma rua escura e vazia ele chegou a um certo ponto em que passava por uma encruzilhada. Lá ele encontrou uma entidade vestida toda de preto, de forma que quando encontrava-se inerte ficava invisível [explicando: invisível de você não ver, e não transparente de você ver através] , fato que só fez com que ele reconhecesse ali um corpo depois que ela se moveu.
Se cagou de medo, mas continuo ali, a entidade se aproximou, ele pensou em correr e fugir, mas logo viu que era besteira. Então o que ele temia aconteceu: a entidade o abordou.
Fez a ele uma proposta muito tentadora:
- caso você aceite, a partir de agora tudo na sua vida dará certo. Você terá trabalho, família, roupas, sexo, dinheiro e muita sorte. Tudo que você se meter a fazer dará certo, o resultado será favorável aos seus interesses.
Ele não vacilou, aceitou na hora.
Saiu de lá e foi pra casa, dormiu, no dia seguinte não acreditou. Pareceu que tudo dava certo. Recebeu inesperadamente uma proposta de trabalho com um ótimo salário e belíssimos benefícios. A noite saiu para beber e reparou que uma das mulheres mais belas do lugar, com um corpo muitíssimo atraente estava afim dele. Ele nem acreditou, os dois ficaram juntos, saíram de lá e ela o levou para um luxuoso motel, onde os dois transaram loucamente por horas, após o gozo maravilhoso dos dois, se abraçaram e ela dormiu. Ele também queria dormir, mas não conseguia, estava extasiado com o seu dia, e ficou imaginando que agora seria maravilhosa a sua vida.
Agora os obstáculos que ele encontrasse em seu caminho ele iria apenas chuta-los e seguir em frente, sem se preocupar ou dar muita atenção a eles. E assim foi. Conseguiu novos e verdadeiros amigos, que não chegaram a ele devido a seu sucesso, mas sim por sua desenvoltura e simpatia. Estava extremamente feliz...
...até o dia em que chegou a cobrança. Desde então não teve mais sossego. Vivia em meio ao desespero. Enlouqueceu, de vez em quando não sabia o que estava falando, se perdia em meio as explanações e apesar de tudo continuar dando certo em sua vida, sua conturbação era tamanha de forma que ele não podia desfrutar de mais nada.
Desesperado pensou e tentou se matar, mas na hora a entidade apareceu alertando-o que era besteira, pois a matéria física morreria, mas a entidade continuaria com o controle de sua alma.
O tempo passou, e até hoje, mesmo depois de morto, ele não descansa em paz.


Tem pessoas que “vendem sua alma” para subir certos degraus. Bajulam o chefe, sendo quem elas não são, sacaneiam os amigos, passam por cima de quem puder, tudo em busca de uma “posição melhor”.
Vale a pena?

"Tudo vale a pena se a alma não é pequena", mas nesse caso você nem alma tem!

11 junho 2008

Do Purgatório Não Passarás

Queimo todos os meus neurônios com drogas, não suporto a lucidez, não suporto o dia-a-dia, tudo me parece tão irreal, pego uma faca e me corto, me marco, é a marca do desespero, vou até a cozinha, pego um copo, misturo álcool, café e cocaína, coisas normais na casa de alguém perturbado, louco, tão perdido quanto eu. Não suporto a luz do sol, não suporto o teu corpo nú, não suporto a realidade, chupo o meu sangue que escorre pelo meu corpo, mas imagino ser o seu corpo nú, aquele mesmo que me faz tanto mal, por saber que nunca vou tê-lo, mas delicio-me em meus pensamentos, de repente volto desse pensamento, e lembro o merda que sou!, tomo meu café com álcool e cocaína, não se passam 5 minutos e começam as alucinações: todos os meus amigos chegam; coelhos, zumbis, ets e meus ídolos, chamo à mesa e converso com Bob Dylan e Raul Seixas, depois jogo sueca com os zumbis. Começo a beber tequila pura (sem sal, nem limão), resolvo jogar pôquer, subo na mesa, em meio as cartas e copos e fico nú, alguns se excitam, outros olham com olhar de repúdio, começo a rodar caio e bato com a cabeça na mesa, desmaio. Em sonho eu vejo que merda de vida eu levo, cercado de drogas e amigos (imaginários, e alucinações) inúteis, percebo o quão merda eu sou!

Acordo, reflito e vejo em que que eu transformei a minha vida;
rezo à Deus e peço perdão, quando ouço uma voz com enorme presença dizer:

- NÃO SE PREOCUPE, DO PURGATÓRIO NÃO PASSARÁS.

10 junho 2008

Hoje eu acordei mais cedo...

...tomei sozinho um chimarrão, procurei a noite na memória, procurei em vão", olhei para a janela, chovia a aquela hora, a vontade de levantar eu já não tinha [afinal de contas as vezes é assim, pelo menos comigo, não sinto vontade de levantar e sair para viver], olha o sol lá fora chegando para queimar a madrugada, pensei eu; mas eu prefiro a lua, à noite fico mais solitário, melâncolico, pensando comigo mesmo o que eu poderia ser hoje se eu não tivesse sido o que eu fui no passado. Não aguento meus proprios pensamentos me torturando, vou até a cozinha prepar um leite quente com ácido (LSD), aprendi no A Laranja Mecânica, para poder enxergar o mundo melhor, de forma tal que eu o compreenda, em meio as alunações e cores diferentes tudo parece claro pra mim, eu me sinto parte desse mundo, coisa que não acontece quando estou lucido, mesmo que a lucidez não seja o meu forte. As coisas coloridas me dão mais vontade de viver, as alucinações me fazer sentir-se acompanhado. Olho uma faca afiada em cima da mesa da cozinha e tenho vontade de me matar, mas não o faço, vou passear na rua e pensar que a vida é bela. Por estar sob o efeito de substâncias quimicas, tudo me parece belo, o que não acontece quando estou lucido. Vejo um ser humano altamente atraente, mas por estar sob o efeito das drogas não consigo distinguir seu sexo, mas não importa, pensei eu, afinal vai ser culpa do ácido. Desmaei.

Acordo em minha cama assustado, com a calça melada, sem saber o que é realidade ou não, já que tudo me pareceu tão real.

É as vezes os sonhos são uma fuga da realidade, e as vezes o melhor é viver essa fuga!