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23 dezembro 2009

Só O Fim

Caminhamos pro fim
O fim caminha com a gente
Fim do ano
Fim da linha
Fim de um ciclo
E tudo acaba, quase que exatamente como no ano anterior
Ou não
Depende do que você fez da sua vida
E/ou do seu ponto vista

A natureza cada vez mais escassa
Aquela pedra onde meu calcanhar raspava já não existe mais
Aqui perto de casa havia florestas e bosques
Hoje há pedras
Os miquinhos que iam comer banana no muro do meu tio, já não aparecem mais
Pois atrás da casa dele nascerá um novo condomínio
Por enquanto ainda esta em gestação, se desenvolvendo
Como pode um nascimento gerar tanta morte?
Poucos percebem, mas caminhamos pro fim

Fim da vida
Fim da evolução, fim do mundo
E não falo de profecia ou qualquer outra coisa
Falo do descaso do homem com sua casa, o planeta Água

Me lembro de Sofia*
Aquela doce menina que conheceu a historia e viajou por ela
Através da filoSOFIA
Me lembro também de Marcelo**:
“Oh, crianças isso é só o fim
Isso é só o fim
Isso é só o fim”


*Sofia, personagem principal de livro/mini-série "O Mundo De Sofia"
**Marcelo Nova, um dos compositores da música "Só O Fim"

26 julho 2009

Se Foi

Ela se foi

Assim como a primavera ela se foi
Repentinamente, como um vento frio que entra pela aresta da janela diretamente no hideograma tatuado em meu pescoço, ela se foi
Não me deu chance alguma de despedir-me, partiu, virou, bateu forte a porta e se foi.

Olhei me no espelho e notei meu reflexo incompleto, meu corpo distorcido
Meu olhar distante, profundo e vazio
Não era um olhar famoso como o de Thom Yorke ou Jean Paul Sartre
Era um olhar que não levava a nada.

Passei a tarde a dormir tentando reaver o que eu perdi
Mas onde procurar se eu não sei o que perdi?

O tédio era mais forte do que eu
E assim como a esperança, isso foi ela que se foi
Eu decidi me ir
Abri a janela, tirei a roupa, fiquei nu e me fui

Uma coisa no futuro não poderão dizer:
“Aqui jaz esperança”

07 novembro 2008

O acaso não sei

Talvez dobrar a esquina da minha rua pra não te ver
Tenha sido a pior das escolhas que já fiz
Não encontrar você aquele dia me fez entrar numa profunda conturbação mental e eufórica

Mas a culpa não é sua
Você seria apenas a salvação
Eu te encontrar seria minha luz
Que iluminaria meu caminho para a sanidade
Mas eu já estava preparado
Apesar de que no fundo mesmo, lá no lado interior de meu peito
Havia a esperança da salvação

Lembro-me de Nietzsche
Freud, Platão, Sócrates
E claro Kant

Quem me vê deve pensar que sou um profundo estudioso e sábio
Ao falar de filosofia
Mas lembro
O pouco que sei
Conheço
Devo a Sofia
Sofia Amundsen, que me ensinou bastante
Mas, pouco eu consegui guardar

O dia esta anoitecendo, e eu não lhe vi
Os devaneios que permeiam minha mente me deixam angustiado
A noite esta chegando e eu me preparo para tomar o caminho de casa
Fico imaginando como estaria hoje se não tivesse dobrado aquela esquina
Feliz, alegre, bobo, amando talvez
Mas nada posso afirmar
Porque o acaso
Não sei

22 julho 2008

Tudo muda [ou não...a arte da metamorfose]

Eu não sei se o que eu vou escrever aqui (dessa vez é escrever mesmo e não vomitar, já que eu estou pensando sobre e como escrever) vai ser bom, mas eu gostei do titulo!

É, vai ser sobre mudanças,
isso qualquer um já percebeu.

Muita coisa muda na nossa vida e às vezes no nosso dia-a-dia, porém que “não fazem parte de nossa vida”, “apenas estão no nosso caminho”.

Eu sinceramente não gosto muito de pessoas que mudam tanto, ou se adaptam ao espaço, ou são de lua. Por exemplo, a pessoa vai a determinado lugar e se comporta de maneira totalmente diferente do que é em seu dia-a-dia. Tudo bem que em determinadas situações você tem que agir de outra forma, mas tem casos em que eu não consigo “me simpatizar” com a forma em que a pessoa age, ai é foda, me parece muito falso.

Lembrei também de uma pessoa que mudava a cor do cabelo acho que todo semana, nada contra, na verdade talvez teria se eu a namorasse, pois não conseguiria me acostumar com isso. Porém sei lá, eu acho que a pessoa fica sem identidade, pois com tanta mudança eu acho que nem ela sabe direito que ela na verdade é ou se tornou (e viva a psicologia e filosofia. - Iza, vamos ler Nietzsche?) e acaba vivendo algo que na verdade não é.

Agora, falarei de um tipo em que eu me enquadro (ô merda): os chatos com várias idéias prontas sobre quase tudo.

Como eu me enquadro eu detesto quando alguém fala que não tem opinião sobre determinada coisa que esta praticamente em todo lugar, por exemplo:

- O que você acha do desmatamento da Amazônia?
- Ah, não sei, nunca pensei nisso.

Nunca pensou nisso? Ah, da um desconto, afinal isso é um caso recente, né?
Ah, puta que pariu!

E ai (é porque eu embolei a porra toda, né?) você sempre tem resposta pra tudo, porém, é mais fechado e chato, com isso fica mais fechado a determinadas coisas.

Então acabando essa embolação toda,
Acho que você deve ser uma metamorfose moderada!
Explicação sobre o que seria isso? Não descubra você...

30 maio 2008

Friedrich Nietzsche

Após ter visto nessa semana 2 filmes sobre Nietzsche (Dias De Nietzsche Em Turim, Quando Nietzsche Chorou) e ter pedido a um amigo (antes de ver os filmes) comprar dois livros (Assim Falou Zaratustra, A Gaia Ciência) dele pra mim (por R$7,30 cada) resolvi postar algo aqui sobre "o filosofo de belo bigode". Na verdade ando pensando em fazer outra faculdade num futuro distante, e o curso decidido foi Psicologia, sendo que o que me interessa mais é Filosofia, porém ao contrário de Rogério Skylab, eu não tenho coragem pra fazer tal curso, então meio que na busca para resolução de meus problemas pessoais de cunho existencial optei por psicologia, quem sabe assim num futuro distante eu não me sente em frente a um espelho e me auto-analise? analisar é fácil, o difícil é mudar,

com vocês (meus 2 ou 3 leitores perdidos) um pouco de Nietzsche (eu nunca sei escrever essa porra):


"Friedrich Wilhelm Nietzsche nasceu a 15 de outubro de 1844 em Röcken, localidade próxima a Leipzig. Karl Ludwig, seu pai, pessoa culta e delicada, e seus dois avós eram pastores protestantes; o próprio Nietzsche pensou em seguir a mesma carreira.

Em 1849, seu pai e seu irmão faleceram; por causa disso a mãe mudou-se com a família para Naumburg, pequena cidade às margens do Saale, onde Nietzsche cresceu, em companhia da mãe, duas tias e da avó. Criança feliz, aluno modelo, dócil e leal, seus colegas de escola o chamavam "pequeno pastor"; com eles criou uma pequena sociedade artística e literária, para a qual compôs melodias e escreveu seus primeiros versos.

Em 1858, Nietzsche obteve uma bolsa de estudos na então famosa escola de Pforta, onde haviam estudado o poeta Novalis o filósofo Fichte (1762-1814). Datam dessa época suas leituras de Schiller (1759-1805), Hölderlin (1770-1843) e Byron (1788-1824); sob essa influência e a de alguns professores, Nietzsche começou a afastar-se do cristianismo. Excelente aluno em grego e brilhante em estudos bíblicos, alemão e latim, seus autores favoritos, entre os clássicos, foram Platão (428-348 a.C.) e Ésquilo (525-456 a.C.). Durante o último ano em Pforta, escreveu um trabalho sobre o poeta Teógnis (séc. VI a.C.). Partiu em seguida para Bonn, onde se dedicou aos estudos de teologia e filosofia, mas, influenciado por seu professor predileto, Ritschl, desistiu desses estudos e passou a residir em Leipzig, dedicando-se à filologia. Ritschl considerava a filologia não apenas história das formas literárias, mas estudos das instituições e do pensamento. Nietzsche seguiu-lhe as pegadas e realizou investigações originais sobre Diógenes Laércio (séc. III), Hesíodo (séc. VIII a.C.) e Homero. A partir desses trabalhos foi nomeado, em 1869, professor de filologia em Basiléia, onde permaneceu por dez anos. A filosofia somente passou a interessá-lo a partir da leitura de O Mundo como Vontade e Representação, de Schopenhauer (1788-1860). Nietzsche foi atraído pelo ateísmo de Schopenhauer, assim como pela posição essencial que a experiência estética ocupa em sua filosofia, sobretudo pelo significado metafísico que atribui à música.

Em 1867, Nietzsche foi chamado para prestar o serviço militar, mas um acidente em exercício de montaria livrou-o dessa obrigação. Voltou então aos estudos na cidade de Leipzig. Nessa época teve início sua amizade com Richard Wagner (1813-1883), que tinha quase 55 anos e vivia então com Cosima, filha de Liszt (1811-1886). Nietzsche encantou-se com a música de Wagner e com seu drama musical, principalmente com Tristão e Isolda e com Os Mestres Cantores. A casa de campo de Tribschen, às margens do lago de Lucerna, onde Wagner morava, tornou-se para Nietzsche lugar d "refúgio e consolação". Na mesma época, apaixonou-se por Cosima, que viria a ser, em obra posterior, a "sonhada Ariane". Em cartas ao amigo Erwin Rohde, escrevia: "Minha Itália chama-se Tribschen e sinto-me ali como em minha própria casa". Na universidade, passou a tratar das relações entre a música e a tragédia grega, esboçando seu livro O Nascimento da Tragédia no Espírito da Música."