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13 julho 2011

Os (13) Fatos (que) Não Fazem De Mim Um Rockeiro

O fato d’eu ter um cavanhaque de bode, não faz de mim um rockeiro
O fato d’eu ter tido cabelo grande (por 3 vezes) e durante anos, não faz de mim um rockeiro
O fato d’eu ter ido a diversos shows de rock, não faz de mim um rockeiro
O fato d’eu ter dado um mosh e beijado o chão logo em seguida (sim, pulei e caí de cara no chão), não faz de mim um rockeiro
O fato d’eu ter voltado pra casa “trebado” diversas vezes, não faz de mim um rockeiro
O fato d’eu ter alargador na orelha , não faz de mim um rockeiro
O fato d’eu ter tatuagens, não faz de mim um rockeiro
O fato d’eu ter ficado pelado em locais públicos , não faz de mim um rockeiro
O fato d’eu (no passado) ter ficado chapado, de substancias diversas, não faz de mim um rockeiro
O fato d’eu ter o vinil do Back In Black do AC/DC (tiragem original), não faz de mim um rockeiro
O fato d’eu andar por lugares obscuros e com pessoas estranhas, não faz de mim um rockeiro
O fato d’eu ter camisas pretas, não faz de mim um rockeiro
O fato d’eu ter apanhado em shows (de rock, mas isso não vem ao caso), não faz de mim um rockeiro

O que faz (ou fez) de mim um rockeiro é apenas gostar e ouvir bastante rock, no meu caso desde criança, nos anos 80, e eu devo isso ao meu pai, meus irmãos mais velhos e a finada Rádio Cidade

Essa é pra você que acha que pra ser rockeiro tem que ter um determinado visual e uma atitude condizente com o rock.
O fato d’eu ter escrito rockeiro e não roqueiro não faz porra nenhuma.
Ah, e FODA-SE o dia mundial do rock, eu ouço rock quase todo dia.

Agora deixo vocês com um belo "rock anti-rock":

19 agosto 2009

À Noite

A noite escura come subitamente meu gélido espírito

À noite a melancolia chega

E com ela minha forma lúdica se vai

Fico mais frio, soturno, noturno

Acendo um cigarro

Bebo um conhaque

Fumo um baseado

Mas apesar de todas essas substâncias, não consigo encontrar o equilíbrio

Com um vento frio que entra pela aresta da janela

Sinto vontade de ter alguém ao meu lado

Quem sabe até mesmo por cima. Talvez por baixo?

Mas logo lembro:

“Sexo compra dinheiro e companhia

Mas nunca amor e amizade, eu acho

E depois de um dia difícil

Pensei ter visto você

Entrar pela minha janela e dizer:

- Eu sou a tua morte

Vim conversar contigo

Vim te pedir abrigo

Preciso do teu calor”*

Eu não estou em busca de dinheiro e companhia

Não, não

Pelo menos não hoje


Hoje eu gostaria de amor e amizade

Mas isso o sexo não compra, né?

Pelo menos não as verdadeiras [amizades]

As horas vão passando, penso em ler um livro

Mas estou demais entorpecido pelas substancias usadas esta noite

De forma que não conseguiria entender as letras impressas no livro

E eu não sou disléxico

Quem mandou eu me entorpecer?

Penso em jogar-me da janela

Jogar-me-ei ou pendurar-me-ei?

Talvez pendurado eu possa me sentir parte da noite, como um gárgula

Enfim, não sei

O álcool começa a sair de meu corpo

Afinal, a idéia de matar-me fez-me suar frio

A nicotina e o cânhamo ainda são perceptíveis por mim


Olho no relógio e já são 5:00 horas

O rádio desperta

Me preparo pra jogar-me

Mas eis que o ouço o Lobão me dando um conselho:

“A maior expressão da angústia

Pode ser a depressão

Algo que você pressente

Indefinível [é o prazer]

Mas não tente se matar

Pelo menos essa noite não”**

É, o dia amanheceu

Eu vou “drumi”***


*Trecho da música La Maison Dieu da Legião Urbana

**Trecho da música Essa Noite, Não do Lobão, o "é o prazer" esta entre colchetes pois não faz parte da música, mas já foi cantada ao vivo

***  Expressão usada por Zé Da Luz no poema Ai Se Sêsse, gravado pelo Cordel Do Fogo Encantado

22 abril 2009

Reflexões vagas em meio ao nada

Hoje é um belo dia pra escrever pro meu blog fracassado


O que faço eu aqui no trabalho no meio de dois feriados?

Entro correndo no elevador, de cabelo solto, o cabelo voa pra frente do rosto, as pessoas devem achar que eu sou um louco...eu não as condeno, afinal nem eu sei o que eu sou

Tem uns encontros de um pessoal ai, eu gostaria de ir, talvez, mas...sei lá, devido a timidez sempre é complicado conhecer pessoas novas, se você não conhece esse problema, parabéns, já eu... e o local também não ajuda, é longe, onde eu não conheço NADA, alias, eu as vezes me perco até onde eu frequento

E a crise? Bem a crise ta fudendo com a vida de muita gente. E o presidente? Do presidente eu tenho vontade de rir

Sexta-feira tem show do Cordel Do Fogo Encantado, eu tive uma média de 1 show/ano (show do Cordel) durante 3 anos, mas ano passado eu não fui. O show é na Fundição Progresso, fui apenas uma vez lá, show do Casuarina, Raiz Do Sana e Alceu Valença, dos 3 assisti apenas o Alceu, muito bom, Casuarina quando a gente entrou já tinha acabado e Raiz Do Sana se tocou foi durante os 15 minutos que a gente saiu de perto, achei a casa uma merda, mas talvez eu vá, só por causa do Cordel, que eu adoro. Ia comprar meu ingresso hoje, mas nem sei se vou, aliás, há muito tempo eu não sei de nada

As vezes eu tenho vontade de fazer 500 coisas, virar presidente, escrever um livro, salvar o mundo, mas acabo preferindo “drumi”

Imagino um belo e imenso parque, com uma grande arvore, e eu sentado sob sua sombra lendo algum livro de Nietzsche, deserto, escutando apenas o som do silêncio. Além de ler também seria um lugar ideal para dormir, meditar, fazer Yoga e Tai Chi Chuan (os 2 primeiros eu faço)

Refletindo em meio a tudo eu me lembro do nada. Do nada que eu sou, do nada que é esse blog, dos dias em que eu não tenho nada pra fazer

“Eu sou nada e é isso que me convém”
Lobão

É isso,
Esse texto fala muito e não diz quase nada, me lembra a época de escola onde tinha que fazer redações de 30 linhas e você, ou melhor eu, fazia um texto que poderia ter perfeitamente 15~20 linhas, mas ficava com as 30.

  • A falta de ponto em cada parágrafo foi proposital, e um detalhe ridículo: o texto não foi escrito em ordem, eu ia pensando nas coisas e escrevia, às vezes voltava no meio de onde já estava escrito e fazia ali um parágrafo, ou adicionava coisas ao que já havia considerado pronto, por exemplo: esse último parágrafo (“È isso, Esse texto fala...”) foi escrito após o 4º ou 5° parágrafo

20 junho 2008

Merda, ser ou não ser, a duvida da queda

Discurso Burocrático

Mombojó
Composição: Felipe S

"Encareceu o pedido e se livrou de uma sessão
amolando a faca e discutindo concessões
mesmo com todo mito eu me atiro
até ganhar no grito ou em sigilo
ostento todo lucro do infinito
eu sou o espelho do mundo e estou no vício
parece ser difícil mas não
tá todo mundo dançando a nostalgia do verão"
Eu danço há muito tempo a nostalgia da minha vida. Oh, como eu queria voltar no tempo, mudar meu passado e assim mudaria meu futuro, que hoje é presente. Presente esse que eu não gosto, não me agrada, mas a loja não aceita devolução.
Tento passar da melhor forma possível pelas barreiras da mundo, porém para mim, as barreiras são diferentes, são barreiras que a maioria acha normal e não passa por elas, pega um atalho, mas contribuem para fortalecer essas barreiras, de forma tal que eu bato e caio. Já estou machucado, calejado, de tanta queda.
A queda:
A Queda
Lobão
Composição: Lobão / Bernado Vilhena

Quantos sonhos em sonhos acordo aterrado
A terrores noturnos minha alma se leva
É um insight soturno é o futuro passando
Na velocidade terrível da queda
Na velocidade terrível da queda
Ante o colapso final a vertigem
próximo ao chão a penúltima descoberta
Que a lógica violenta das cores tinge
A velocidade terrível da queda
A velocidade terrível da queda
Como cair do céu é tão simples
Queda que a tudo e a todos transtorna
Ah! as bombas, a chuva, os anjos e seus loucos
O mundo todo na velocidade terrível da queda
O mundo todo na velocidade terrível da queda
Resvalando em abismos um pôr do sol furioso
Que a sensação de perda ao ver exagera
É o desespero vermelho de um apocalipse luminoso
Ejaculado da velocidade terrível da queda
Ejaculado da velocidade terrível da queda
Diante do medo um sorriso aeróbico
Nas bochechas a câimbra de uma alegria incompleta
Nada como um sorriso burro e paranóico
Para não perceber a velocidade terrível da queda
Para não perceber a velocidade terrível da queda
Fui ejaculado rapidamente no meio desse mundo conturbado!
Nada consigo, não sonho mais,
Feliz não me sinto,
Pelo contrário,
Me sinto um merda.
Merda,
tipo merda de boi,
daquelas que fedem, nunca agradam, não serve como fertilizante, ou seja, não prospera a vida,
e se alguém lhe pisa, não pede desculpa,
fala um belo palavrão e sai puto,
por que eu, a merda, que foi pisada, deixou um péssimo odor impreguinado ao seu calçado.
É, eu queria voltar no tempo onde eu viveria minha nostalgia. Antes de ser ejaculado no mundo. E assim não seria um merda, pois não existiria.

08 junho 2008

A Certeza Da Certeza Faz O Louco Gritar

Quantas vezes eu não tenho vontade de gritar do nada para o mundo??????

Expor meu desespero por não me sentir parte desse mundo.

Eu me sinto um ET, perdido aqui sem saber o que fazer; "Vejo em seus olhos a derrota, O que será de mim a partir daqui?" [trecho da música Old Boy do Dead Fish]. Essa frase combina bastante comigo (e infelizmente com muitas outras pessoas).

Procuro um sentido, mas me vejo perdido, desesperado, e ai é quando tenho vontade de gritar nessa porra desse mundo dizendo que eu não faço parte dele, que quase tudo que eu enxergo aqui esta errado, caralho, é uma merda estar perdido, sem saber o que você vai fazer no futuro, e surge uma imensa vontade do louco aqui GRITAR, por ter certeza de se sentir perdido, estranho no meio a tanta coisas diferentes do que eu penso, do que eu acredito.

"Já não sei dizer se ainda sei sentir / O meu coração já não me pertence / Já não quer mais me obedecer / Parece agora estar tão cansado quanto eu / Até pensei que era mais por não saber / Que ainda sou capaz de acreditar / Me sinto tão só / E dizem que a solidão até que me cai bem"
É, essa música (Maurício - Legião Urbana, letra do Renato Russo) parece que foi escrita pra mim, por estar cansado e com uma imensa vontade de gritar e desatar esse nó, soltando o desespero contido no meu peito.


O Grito - Edvard Munch

Fiquem agora com O Grito do Lobão, e lembrem-se "A Certeza Da Certeza Faz O Louco Gritar":
O Grito
Lobão

O grito é a fuga do silêncio
O prenúncio de um gozo ou um sinal de dor
Pode ser um aval para o covarde
Ou para a alegria olímpica do vencedor
Não raro é um xodó de psiquiatras
Ou simplesmente um deleite para quem gosta de gritar
O grito, pai da palavra, sogro do pânico, primo do desespero,
Neto da vida e da morte, filhote do entusiasmo e da euforia
A certeza da certeza faz o louco gritar
A certeza da certeza faz o louco gritar
A certeza da certeza faz o louco gritar
Gritar, gritar, gritar
Grito de carnaval, grito de guerra
Geralmente as vaias são o grito do minuto de silêncio
Grita o coro da tragédia
Gritam também as menininhas da platéia
O grito é o mantra do condenado
Ou do atingido pela sorte de um bilhete de loteria
Grita a boca desgrenhada do ventre anunciando a fome
Grita o pastor esconjurando demônios na sua liturgia
A certeza da certeza faz o louco gritar
A certeza da certeza faz o louco gritar
A certeza da certeza faz o louco gritar,
Gritar, gritar, gritar