Perdido em delírios eu estive a rodar, sai pela rua, perdido, com frio e as imagens vinham à minha cabeça. Eu não sabia mais o que fazer, decidi correr para Biblioteca Nacional e ler afim de me concentrar, não consegui, os delírios ainda habitavam a minha cabeça, não consegui terminar a primeira frase do livro, o livro que havia escolhido era O Príncipe de Maquiavel, tentei por três vezes ler a frase inicial do livro: “Todos os Estados, todos os governos que tiveram e têm autoridade sobre os homens, foram e são ou repúblicas ou principados” , mas não obtive sucesso.
Pensei, já que é pra se sentir mal, que eu faça direito.
Fui a um bar onde tomei várias cervejas, e conheci um homem que me perguntou gentilmente se eu queria fumar um baseado com ele. Achei que ele ia dar em cima de mim, mas não, para minha sorte ele só queria companhia. Após fumar, sai de lá muito doido e passando por um estranho cinema onde estava começando naquele exato momento “um clássico nacional”: Oh! Rebuceteio, um filme de 84, passando hoje? Não entendi, mas não estava entendo muita coisa naquela noite mesmo.
(Em Maio de 1984 o diretor Cláudio Cunha estreiou o filme OH! REBUCETEIO com atrizes de ponta da então pornochanchada como Eleni Bandettini (Letícia), a obra se tornou um marco do cinema erótico brasileiro, com suas cenas de sexo explicito, mulheres um pouco mais peludas, sem silicones, e sem o uso de preservativos, tomadas de cenas espontâneas, tudo muito natural e cheio de realismo, nascia ai o sucessor do cinema novo e da pornochanchada brasileira. OH! REBUCETEIO foi um dos precursores do sexo nas telas do Brasil, correu mundo com o realismo de suas cenas, conquistando assim um lugar de honra na história do cinema erótico brasileiro.)
Sai de lá com uma estranha sensação que me remetia a calor, frio, excitação e medo, não consegui entender bem o porquê. Passando pela rua a caminho de casa, esbarrei com uma conhecida, que vendo minha expressão com um “estranho semblante”, perguntou:
- foi bom?
Eu sai correndo envergonhado sem responder, cheguei em casa e dormi profundamente.
Acordei hoje cedo com o barulho do caminhão de gás. Não me lembro de nada, a única coisa que sei é que ontem eu não era eu.
12 setembro 2008
Ontem Eu Não Era Eu
31 maio 2008
Buda, "não-religião", livro e timidez
Pra começar,

O livro é Buda - A História De Um Iluminado, escrito por Deepak Chopra, que também escreveu As Sete Leis Espirituais Do Sucesso. Pelo titulo vocês (meus 2 leitores) percebem que o livro conta a história de Buda, da qual eu não sei absolutamente nada, AINDA. O budismo é uma religião que me fascina bastante, pelo pouco que eu sei, os seus ensinamentos coincidem bastante com os meus ideais. Conversando uma vez com esse amigo, nos falamos sobre Sai Baba, O Avatar Do Amor, e sobre outras coisas ligadas a ideais e "pessoas iluminadas", e eu falei que eu me interessava pelo budismo, mas que me faltava conhecimento sobre o assunto, e me foi prometido um livro sobre Buda. Pois bem, já tenho o livro, devo começar a ler amanhã, apesar de não ter feito e nem farei nada de útil hoje, eu não comecei a ler ainda o livro, li um texto muito interessante que recebi junto com o livro, normalmente eu só leio de noite ou de madrugada, porque eu preciso de silêncio, mas hoje tem o último capitulo da novela (depois dessa eu não pretendo mais ver novelas) e tem o jogo do Brasil, portanto o livro ficará para semana que vem.
Bem, já falei do livro e de Buda, falta timidez e "não-religião", né?
Se você me perguntar qual é minha religião minha resposta deve ser: "eu sou o que eu acredito", logo eu não tenho religião, minha religião é seguir meus ideais, e posso passar por crenças diversas e pegar o que eu acho valido em cada uma, fora isso, o que eu penso e acho certo também muito. E tenho uma teoria que diz que Deus não existe, mesmo sem ser ateu (outra hora eu explico, ou não) ou seja eu não tenho religião.
Agora a parte da timidez,
hoje na hora de ligar para agradecer o livro foi horrível, apesar de conhece-lo pessoalmente, conversar com ele várias vezes na hora de ligar eu estava cheio de medo. Ele não estava em casa, eu deixei o recado com a esposa dele, até que acho que foi mais fácil.
Agora deixa eu lanchar e terminar de ver o último capitulo da novela com mais calma.
30 maio 2008
Friedrich Nietzsche
Após ter visto nessa semana 2 filmes sobre Nietzsche (Dias De Nietzsche Em Turim, Quando Nietzsche Chorou) e ter pedido a um amigo (antes de ver os filmes) comprar dois livros (Assim Falou Zaratustra, A Gaia Ciência) dele pra mim (por R$7,30 cada) resolvi postar algo aqui sobre "o filosofo de belo bigode". Na verdade ando pensando em fazer outra faculdade num futuro distante, e o curso decidido foi Psicologia, sendo que o que me interessa mais é Filosofia, porém ao contrário de Rogério Skylab, eu não tenho coragem pra fazer tal curso, então meio que na busca para resolução de meus problemas pessoais de cunho existencial optei por psicologia, quem sabe assim num futuro distante eu não me sente em frente a um espelho e me auto-analise? analisar é fácil, o difícil é mudar,
com vocês (meus 2 ou 3 leitores perdidos) um pouco de Nietzsche (eu nunca sei escrever essa porra):
"Friedrich Wilhelm Nietzsche nasceu a 15 de outubro de 1844 em Röcken, localidade próxima a Leipzig. Karl Ludwig, seu pai, pessoa culta e delicada, e seus dois avós eram pastores protestantes; o próprio Nietzsche pensou em seguir a mesma carreira.
Em 1849, seu pai e seu irmão faleceram; por causa disso a mãe mudou-se com a família para Naumburg, pequena cidade às margens do Saale, onde Nietzsche cresceu, em companhia da mãe, duas tias e da avó. Criança feliz, aluno modelo, dócil e leal, seus colegas de escola o chamavam "pequeno pastor"; com eles criou uma pequena sociedade artística e literária, para a qual compôs melodias e escreveu seus primeiros versos.
Em 1858, Nietzsche obteve uma bolsa de estudos na então famosa escola de Pforta, onde haviam estudado o poeta Novalis o filósofo Fichte (1762-1814). Datam dessa época suas leituras de Schiller (1759-1805), Hölderlin (1770-1843) e Byron (1788-1824); sob essa influência e a de alguns professores, Nietzsche começou a afastar-se do cristianismo. Excelente aluno em grego e brilhante em estudos bíblicos, alemão e latim, seus autores favoritos, entre os clássicos, foram Platão (428-348 a.C.) e Ésquilo (525-456 a.C.). Durante o último ano em Pforta, escreveu um trabalho sobre o poeta Teógnis (séc. VI a.C.). Partiu em seguida para Bonn, onde se dedicou aos estudos de teologia e filosofia, mas, influenciado por seu professor predileto, Ritschl, desistiu desses estudos e passou a residir em Leipzig, dedicando-se à filologia. Ritschl considerava a filologia não apenas história das formas literárias, mas estudos das instituições e do pensamento. Nietzsche seguiu-lhe as pegadas e realizou investigações originais sobre Diógenes Laércio (séc. III), Hesíodo (séc. VIII a.C.) e Homero. A partir desses trabalhos foi nomeado, em 1869, professor de filologia em Basiléia, onde permaneceu por dez anos. A filosofia somente passou a interessá-lo a partir da leitura de O Mundo como Vontade e Representação, de Schopenhauer (1788-1860). Nietzsche foi atraído pelo ateísmo de Schopenhauer, assim como pela posição essencial que a experiência estética ocupa em sua filosofia, sobretudo pelo significado metafísico que atribui à música.
Em 1867, Nietzsche foi chamado para prestar o serviço militar, mas um acidente em exercício de montaria livrou-o dessa obrigação. Voltou então aos estudos na cidade de Leipzig. Nessa época teve início sua amizade com Richard Wagner (1813-1883), que tinha quase 55 anos e vivia então com Cosima, filha de Liszt (1811-1886). Nietzsche encantou-se com a música de Wagner e com seu drama musical, principalmente com Tristão e Isolda e com Os Mestres Cantores. A casa de campo de Tribschen, às margens do lago de Lucerna, onde Wagner morava, tornou-se para Nietzsche lugar d "refúgio e consolação". Na mesma época, apaixonou-se por Cosima, que viria a ser, em obra posterior, a "sonhada Ariane". Em cartas ao amigo Erwin Rohde, escrevia: "Minha Itália chama-se Tribschen e sinto-me ali como em minha própria casa". Na universidade, passou a tratar das relações entre a música e a tragédia grega, esboçando seu livro O Nascimento da Tragédia no Espírito da Música."
Postado por Law às 13:57 1 argumentos
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